sábado, 13 de dezembro de 2008

A poesia só merece o nome quando é capaz de gelar o corpo que a lê.

Uma palavra se abre
Como um sabre -
Pode ferir homens armados
Com sílabas de farpa
Depois se cala -
Mas onde ela caiu
Quem se salvou dirá
No dia de desfile
Que algum Irmão de armas
Parou de respirar.
___

Não sou Ninguém! Quem é
você?
Ninguém - Também?
Então somos um par?
Não conte! Podem espalhar!
Que triste - ser - Alguém!
Que pública - a Fama -
Dizer seu nome - como a Rã -
Para as almas da Lama!
___

Sépala, pétala e um espinho -
Nesta manhã radiosa -
Gota de orvalho - Abelhas -
Brisa -
Folhas em remoinho -
Sou uma rosa!
___
1830 - 1886

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